Moçambique e Angola fora da lista dos países que mais vão crescer em 2025, aponta FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI), uma das principais organizações mundiais que acompanha a economia dos países, divulgou um novo relatório mostrando as previsões de crescimento económico para o ano de 2025. De acordo com esse relatório, Moçambique e Angola, dois países africanos de língua portuguesa, não vão estar entre as economias que mais vão crescer no próximo ano.

Segundo o FMI, Angola deve ter um crescimento de cerca de 3,1% em 2025. Moçambique também deve crescer, mas num ritmo considerado baixo quando comparado a outros países africanos. Por exemplo, países como Etiópia, Ruanda e Tanzânia estão no topo da lista e devem apresentar crescimentos bem mais altos.

Por que Moçambique e Angola não vão crescer tanto?

Os especialistas explicam que tanto Angola quanto Moçambique ainda dependem muito da exportação de matérias-primas, como petróleo, gás e carvão. O problema é que os preços desses produtos sobem e descem muito no mercado internacional. Quando caem, afetam bastante as economias desses países, que ficam com menos dinheiro para investir em áreas como saúde, educação e infraestruturas.

Além disso, tanto Angola quanto Moçambique têm tido dificuldade em diversificar suas economias, ou seja, em investir em outros setores como agricultura, indústria e turismo. Sem essa diversificação, eles ficam mais vulneráveis a crises e têm menos oportunidades de criar empregos e melhorar a qualidade de vida da população.

O que diz o FMI e o que recomendam os especialistas?

O FMI recomenda que Moçambique e Angola façam reformas para facilitar a entrada de investidores estrangeiros, criem condições para o crescimento de pequenas e médias empresas e apostem em setores que geram mais empregos e riqueza. Também é importante investir em educação e formação profissional para preparar os jovens para novas oportunidades no mercado de trabalho.

Apesar de não estarem entre os países que mais vão crescer em 2025, tanto Angola quanto Moçambique têm potencial para melhorar. Com as reformas certas e apostando em mais setores da economia, os dois países podem, no futuro, voltar a ocupar lugar de destaque entre as economias africanas.